domingo, 15 de abril de 2012

Jo 20, 19-31 - "Oito dias depois, veio Jesus..."

Nesta passagem, que por certa já muitas vezes escutamos, está presente um facto que certamente muitos de nós nunca nos apercebemos: aqui está traduzida a primeira "ordenação sacerdotal", feita por Deus através do Seu Filho Jesus Cristo, que proclamando sábias palavras, soprou sobre os discípulos, de modo a que ficassem inundados pelo Espírito Santo e fossem proclamar a Sua Palavra.
Aqui está a verdadeira força de Jesus: o Seu poder, o Seu amor e a Sua capacidade de perdão e de nos ensinar a perdoar...
  
Segunda-feira
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».

Meditação
Porque estariam os discípulos trancados naquela casa? Já tinha sido anunciada a ressurreição de Jesus, Pedro e João já tinham constatado a verdade ao visitar o sepulcro. Será que os discípulos, ainda que acreditando, não tinham a coragem de dar testemunho, renunciar à própria vida para anunciar Jesus, talvez o medo por ter fugido desde a prisão até à morte de Jesus? Ainda assim Jesus vai ter com eles, abre-lhes o coração e mostra-lhes o AMOR que nutre por eles, dizendo “A Paz esteja convosco”.
Todos sabemos que apesar das nossas fraquezas, que são muitas, Jesus não nos condena, salva-nos.

Oração
Senhor ilumina o nosso coração para que possamos ser sempre dóceis à Tua acção em nossas vidas.

Acção
Procuraremos aprofundar assiduamente a Palavra de Deus.

Terça-feira
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».

Meditação
Jesus mostra pela segunda vez os sinais do Seu amor e da Sua entrega. A comunidade reconhece Jesus vivo e presente entre eles, Ele será sempre o Messias que alimenta a comunidade. Jesus “soprou”, transmitiu aos discípulos a vida nova que fará deles homens novos e assim ficarão cheios do Espírito Santo para poderem, à semelhança de Jesus, dar-se generosamente aos outros. E nós? Como está a nossa fé? Deixamos que o Espírito Santo actue em nós e nos converta? Mostramos nas nossas atitudes que cremos em Jesus Cristo?

Oração
Nós Te pedimos Senhor, que à semelhança do que fizeste com os discípulos, transformes o nosso coração, para que também nós possamos estender ao inimigo a mão da reconciliação.

Acção
Esforçar-nos-emos por viver o espírito da Páscoa.

Quarta-feira
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos  o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei».

Meditação
Um dos discípulos, chamado Tomé, porque não viu não quis acreditar. Tomé queria sentir com as suas próprias mãos e ver com os seus próprios olhos, não acreditou no testemunho dos seus amigos.
Tomé é o símbolo de todos nós que, tal como ele, perante as atrocidades da vida, somos capazes de dizer: “Se eu não vir, se eu não sentir, não posso crer”.

Oração
Jesus, meu Senhor e meu Deus, ajuda o Teu povo a sair da “anestesia espiritual” em que se encontra.

Acção
Ensina-nos a aceitar a Tua palavra como norma de vida e a vivê-la em coerência.

Quinta-feira
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa, e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente».

Meditação
Estavam de novo reunidos os discípulos e desta vez Tomé estava com eles. Jesus dirigiu-se a Tomé: ”Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente”. Tomé rendeu-se.
Jesus aparece e apesar da infidelidade dos discípulos, Jesus, o Ressuscitado vem trazer a paz, a justiça, o amor, a felicidade, pois Ele nunca abandonará quem procura viver na fidelidade ao projecto de Deus.

Oração
Que o Espírito Santo nos fortaleça para que nos possamos doar a quem nos ofende, ainda que insistentemente.

Acção
Precisamos de rezar. Vamos rezar, pedindo a Deus muita fé.

Sexta-feira
Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto».

Meditação
“Felizes os que acreditam sem terem visto”. A ressurreição de Jesus veio confirmar tudo o que Ele havia anunciado anteriormente e ao mesmo tempo reforçar a fé dos discípulos, em Jesus, como Filho de Deus.
Todos nós passamos por momentos de dúvidas e infelizmente não podemos ver “O Ressuscitado” nem meter o dedo nos cravos, limitamo-nos a encontrar a verdade na Sua palavra para nos mantermos firmes na fé.

Oração
Senhor, cremos em vós, mas tornai mais forte a nossa fé.

Acção
Como cristãos, vamos mostrá-lo por palavras e acções.

Sábado
Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

Meditação
A nossa fé está alicerçada no testemunho dos que viram Jesus e ouviram Jesus. João diz-nos que muitos mais testemunhos poderiam ter recolhido e que estes foram narrados apenas para despertar o compromisso da fé que leva a experimentar a vida trazida por Jesus.
Também nós somos convidados a viver esta experiência, a darmo-nos, a sermos luz na comunidade para que muitos outros creiam e para que haja amor, paz e alegria em abundância.

Oração
Senhor, fica connosco e conduz-nos nesta caminhada sempre renovada na Páscoa da ressurreição.

Acção
Proponho-me acreditar, contra todas as aparências, que o bem é mais forte do que o mal.