Segunda-feira
Naquele tempo, quando
Jesus ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande multidão, estava um
cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à beira do caminho.
Meditação:
Ao ler este excerto da passagem penso, como seria se esta
passagem começasse assim: “Esta semana,
Jesus estava a sair de Vila do Bispo/Sagres/Raposeira, com os discípulos e uma
grande multidão, estava um cego à beira do caminho a pedir esmola”.
Como é que será que nós, chamados cristãos, que vamos todos
os Domingos à missa comungar da palavra e do corpo de Deus, reagiríamos?
Faríamos o mesmo que o resto da leitura conta, ou será que
tínhamos uma reacção diferente? Às vezes é fácil pensar, que como os outros
fazem de determinada forma não faz mal que eu também faça, mesmo que isso seja
errado.
Pois é, parece que ainda temos muito a aprender com Deus…
Oração:
Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa paz,
moldando-me como se molda o barro nas mãos do Oleiro.
Quero seguir-Te Senhor, sempre mais e mais…
Acção:
Hoje vou ter como intenção na minha oração todos aqueles que,
na minha paróquia, representam o Cego da leitura, para que Deus os ajude a ter
coragem de gritar em seu auxilio.
Terça-feira
Ao ouvir dizer que era
Jesus de Nazaré que passava, começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem
piedade de mim».
Meditação:
Esta pequena passagem mostra-nos o quanto Jesus era
importante. O cego soube que era Jesus e logo depois gritou por ele. Será que
damos o devido valor ao amor que Ele tem por nós?
“Também por nós foi
crucificado”, maior prova de amor que esta não há! Nos nossos dias pedimos
e voltamos a pedir… um dia porque estou doente, no outro porque preciso de
dinheiro para ir passear… Mas damos graças a Deus pela família que temos? Pelo
dom da vida?
Deus não está ao nosso lado só para quando nós nos lembramos
de lhe pedir alguma coisa, está sempre! Em todos os momentos, bons e maus,
sempre…
Oração:
Senhor Jesus, morreste por mim numa cruz e eu não Te dou o
devido valor quando mereces muito. Perdoa-me por todas as vezes em que não fui
capaz de orar diante de Ti.
Acção:
Hoje vou pôr de lado os negativismos e as barreiras que a
vida me apresenta. Vou aproveitar o meu tempo livre para estar com quem
realmente gosta de mim e agradecer a Deus por tudo aquilo que tenho.
Quarta-feira
Muitos repreendiam-no para
que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem piedade de
mim».
Meditação:
Este é um grande exemplo de fé. Bartimeu, com a sua atitude,
mostra que realmente acredita e não tem vergonha de o assumir, pois embora
todos ao seu redor dissessem para não o fazer, para não chamar Jesus, nada nem
ninguém o demoveu, porque a sua fé era realmente verdadeira.
Oração:
Senhor, não quero negar-Te, mas ajuda-me a assumir em todos
os momentos a minha fé por Ti.
Acção:
Hoje vou explicar a alguém que esteja junto de mim o que é
ser Cristão.
Quinta-feira
Jesus parou e disse:
«Chamai-o». Chamaram então o cego e disseram-lhe: «Coragem! Levanta-te, que Ele
está a chamar-te».
Meditação:
Muitas vezes na nossa vida nós chamamos por Jesus, todos os
Domingos na eucaristia pedimos a Deus que tenha piedade de nós. Mas temos nós
consciência do acto que estamos a fazer?
Pedir a Deus que tenha piedade de mim, não é o mesmo que ir
à padaria pedir um bolo. Dirigir-me a Deus, é mais ou menos fácil, mas… escutar
aquilo que Ele tem para me dizer, será fácil?
É que pedir alguma coisa, mas depois não ouvir a resposta é
o mesmo que não pedir nada.
Oração:
Tal como Jesus chamou o cego, também eu sou chamada muitas
vezes por Jesus, mas muitas vezes não me encontro disponível para atender o Seu
chamamento.
Senhor, que eu tenha coragem de me deixar levar e de ir ao Teu
encontro.
Acção:
Nas minhas orações ou no acto penitencial da próxima
eucaristia, não vou pedir piedade, só por pedir, só porque se tornou num ritual…
Vou pedir perdão, mas com o coração aberto, para ouvir a resposta que Deus tem
para me dar.
Sexta-feira
O cego atirou fora a capa,
deu um salto e foi ter com Jesus. Jesus per¬guntou-lhe: «Que queres que Eu te
faça?». O cego respondeu-Lhe: «Mestre, que eu veja».
Meditação:
Muitas vezes pedimos a Deus o que queremos e nem sempre
pedimos aquilo que precisamos. Pensamos que são coisas simples, que Deus nos
pode ajudar sem problemas nenhuns, nada de especial… mas quando nos pedem ajuda
para alguma coisa, damos tudo aquilo que temos?
Se um colega de trabalho precisa de ajuda, eu ajudo-o ou
deixo-o com o trabalho para ele resolver sozinho?
Na escola, se tenho um colega que é gozado defendo-o ou
junto-me aos que estão a gozar? Em casa, contribuo para um bom ambiente
familiar ou ainda faço pior? Pensemos seriamente se pedimos a Deus aquilo que
nos faz feliz.
Oração:
Senhor, perdão por todas as vezes em que rezei só porque
precisava de ajuda para alguma coisa. Perdoa-me por Te pôr em segundo plano na
minha vida.
Acção:
Hoje somos convidados a rezar o Credo, que é o resumo da
nossa fé: a fé cristã!
Sábado
Jesus disse-lhe: «Vai: a
tua fé te salvou». Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.
Meditação:
Quando acreditamos verdadeiramente, o que impossível aos
olhos de todos, torna-se realidade. Jesus não o curou como um médico mas
curou-o como um Salvador. Perdoou-lhe todos os seus pecados e este sentiu-se
livre, recuperando a sua visão.
Acreditemos nós também que Jesus sempre nos perdoará em
todos os momentos.
Oração:
Jesus, és o meu salvador. Faz de mim o Teu instrumento, pois
sei que nunca me julgarás.
Acção:
Hoje vou agir tal como Jesus me ensinou, ouvindo o desabafo
de alguém que está a passar por algum problema.